Saborosa sensação...

Para escrevermos um novo enredo.
Para a gente se completar em períodos tristes, sem pensar em fim.
Para eu reescrever seus traços, sentir seus abraços.
Para ganhar retoques em mim.
Para rirmos de erros bobos.
Para que nossas linhas se preencham de novo - como antes - em desejos de boa noite e sonhe comigo a cada batida.
Para que haja mistura de línguas. E nem precisa vir em rimas.
Juntos - nossos corpos, olhares e sintonia, já são pura poesia.

Não se assuste...

Embora os sonhos de ontem insistam que não; que o dia passado rápido impeça; que minha mudança repentina de 'face' te assuste (e faça indagar); Embora o mês esteja acabando e há aqui um medo de que muita coisa possa mudar; mesmo que sua calma e silêncio me confunda - às vezes, com o desânimo; Por mais que a pele, pelos e rosto insistam em dizer o que a boca não consegue fazer..
Me vem um desejo de pular, fechar os olhos novamente e sentir todo o sabor cá de baixo - eu me rendo - não me desprendo do sorriso e não abro mão daquela frase clichê (que tem tudo a ver): eu gosto de gostar de você.

Todo sentimento me carrega.

Eu procuro algo além da música: eu quero os acordes. Eu procuro algo além do beijo: eu quero arrepios n'alma. Procuro o topo das porcentagens: eu quero 100%. Não me acolhe os braços: eu quero os abraços. Constante agora se faz, essa vontade de sempre mais. Talvez porque tudo aqui no peito é grande e precisa se preencher ou porque tudo aqui dentro é pequeno e deseja crescer. Você tá cansado de saber que o silêncio me cala apenas a boca - os pensamentos continuam ativos, feito vulcão, agitados que nem crianças em recreação.

Por isso eu só te peço pra ficar um pouquinho mais, falar um pouco mais, me fazer rir e respirar intensamente. Esquecer o que fiz/fez, me acontecer outra vez. Não que eu queira 'para sempre' (não me ousaria a tanto). Eu só não quero a vírgula nem o ponto final. Estou preferindo - num sorriso aberto e peito quieto - as reticências...

O que aconteceu no bosque...

Música alta - ela não para - mentes insanas, corpos dançantes (arrocha daquele jeito já é de lei), festa junina, pessoas, sujeiras, muitas risadas, brincadeiras, fofocas, beijos, pegação, gritaria, amiigo, bebidas, vômito e mais bebidas. Licor de maracujá.. ali na mão daquele menino mais licor de maracujá!!!!Forrozinho, gogo-boy, nada de ficar casadinho. Óculos perdido, cabeça quase perdida, rainha e lanterninha! Conjuntivite, danças estranhas, bar, cerveja, suor, lama, amoor, 'te espero em salvador'.
Já falei beber? revelações e confições - sem problemas, vamos pegar mais uma skol para esquecer...
E tanta coisa mais, que agora pela manhã a saudade já bateu por aqui.

"Mas na verdade, o que acontece no bosque morre no bosque"
..só eu sei porque não fico em casa!

PERIGO!

Cuidado comigo!
Eu sei gritar, sei chiar, sei te pisar em questão de segundos. Eu tenho todos os motivos para te eliminar.
Cuidado comigo!
Não se aproxime, não me procure, não investigue minha vida hora nenhuma. Minha ira se torna grande num piscar de olhos, te falo palavras amargas, duras, terríveis, mas no final - tão alienado - você irá glorificar.
Cuidado, muito cuidado!
Simplesmente sei ser o perigo mais atraente, o carinho que prende. Sei acabar com seus planos sem mais nem menos, sei regar sua vida com novas dores, sei ser o pior dos seus amores. Sei ser louca, sei chorar, sei ser má.
E por fim: sei mentir.

(L...

Há sempre algo a mais entre nossos silêncios, entre nosso olhares. Você lê? Já tentou ou percebeu? É meio estranho.
Eu aperto a mente para entender, paro e penso em cada palavra, cada gesto... mas não sei definir. Porque as palavras correm da minha boca quando você está por perto. Saem em disparada, ofegantes, às vezes besteiras, outras grosserias, mas sempre tentando ser as mais confortantes ou sendo nada. Talvez por isso eu tropece, talvez por isso eu hesite. Talvez por isso você também não saiba o que dizer e se vá.
E um desejo de 'amanhã' acontece, um desejo contagiante de ainda vai ser me aspira até o próximo encontro.
Há sempre algo a mais entre nós; nos enxergaremos de novo em breve, meu bem. É só esperar pra sentir...

(Prefiro vontade ao vazio)

Esse vazio não passa. Fiz tudo que o médico mandou, não me estressei, não fumei, não fugi, não tentei. Mas ele não passa. Segui suas recomendações, seus conselhos, vivi as suas intenções, reli as prescrições, no entanto ele continua ali e não passa. Fechei as janelas, abri meu coração, me envolvi com poucos, escrevo textos loucos, reneguei meu próprio não. E ele, ali. Ouvi uns velhos discos, gastei todas as horas, li todos os livros, mandei-o embora. Cantarolei em 'dó' totalmente rouca. E de forma permanente, desesperadamente, aquele maldito - já dito - não passa. Né possível, devo ser louca.
Então bebi, bebi, bebi (e de quase tudo me esqueci) estalei todos os dedos, menti, me juntei aos velhos medos, caí. E em um ato de desacato, com vários xingamentos ingratos, gritei com todos na sala. Mas a coisa não fala e continua aqui...

Merda, me enchi.

Hoje me deu vontade de falar sobre coisas breves. Por enquanto nada de adeus - a eternidade mais breve que conheço. Hoje eu cansei desses tópicos, desses utópicos. Amanhã, quem sabe...
Breve como uma tarde bebendo cerveja com os amigos, como os divinos episódios de um seriado, como a vontade de um beijo - que depois não aparece para ser dado - ou com uma ligação para celular. Breve como minha vontade de ficar, de conversar, de dar risada.
Breve como minha vó deveria ser ao telefone ou minha prima deveria ser no computador, como minha mãe deveria ser ao me dar sermões, como as mentiras dos 'felizes para sempre'.
Breve como a minha vontade de escrever um texto sobre algo tão efêmero que fui dar um rolé no dicionário online para adjetivá-lo.
Breve como a minha falta de lucidez e admito... total embriaguez.

Hey você ai, apareça! Por onde andas que nunca mais te encontrei? (como antes)
Hey você ai, me perdoe e esqueça - se eu te magoei... é que eu não sabia o certo, o lado direito, a situação ideal, o limite real.
Fui juntando os pedaços errados; na solidão tudo se fez embaraço , ouvir gente..gente que eu nunca vi.
Hey você ai, apareça! Vou tirar os óculos, fechar os olhos e contar até três.
Até três da tarde, pra te ver
de novo (como antes)