quinta-feira, 19 de novembro de 2009

3º ano Csjosé 2009.

Talvez seja mais um desses nossos medos, indícios de adolescência. É um frio na barriga que a gente segura, fingindo não estar sentindo, porque nossas identidades nos acusariam velhos demais para sentirmos isso.
A direção agora é só nossa, embora muitas vezes ainda gostaríamos de estar no carona, como costumávamos fazer, com o som alto, cantando qualquer uma dessas nossas canções temas, dançando a liberdade em cada um dos movimentos.

Talvez a saudade já seja uma velha conhecida para todos nós. Mas ela é sempre nova e certeira. E como em toda ou qualquer mudança, vai ser difícil sim. Vai ser quase impossível não ouvir a saudade gritando dentro de nós, a cada foto, palavra, música ou lembrança.

Saudades daqueles encontros em pleno sábado à noite, quando o nosso compromisso com a vida era apenas...VIVER. Daquelas festas pra jogar papo fora, tempo, paradigmas, o que mais tivesse que ser, para no dia seguinte tudo virar resenha!!
Daquelas farras homéricas onde quase todo mundo conheceu o gosto do outro, as dores, os limites, as verdades, os desejos e a vontade de ficar até mais tarde...Horas para estar com pessoas que antes você mal conhecia a fundo, mas te fazem tão bem como se fossem parte da sua vida desde sempre. Saudade das tardes, das praias, reuniões, comemorações, filmes, gargalhadas, das histórias, das loucuras, dos sonhos, da companhia..de saber que caso tropece ainda há tempo para levantar - e alguém pra ajudar. De saber que a aula pode esperar essa dor de cabeça que ganhamos pelos nossos goles de vontade de curtir e aproveitar mais. Saudade dos recadinhos mandados em aula, de ficar na escada preta, da fila para o lanche. Das provas adiantadas, extras, divididas, das que não foram feitas. Dos motivos inexistentes para se brindar, para anunciar uma festa, qualquer minuto que fosse.

Saudade de saber - QUE MERDA - amanhã tenho aula 7 horas da manhã. Saudade de todos, de cada um de nós que fomos ao longo desses anos de Colégio São José, entre melhores, iguais ou piores.

Saudade incurável de anos que sabemos que não vão voltar. Que não serão iguais em nenhum tempo desta caminhada. Anos que prenunciavam a vida por completo, sem intervenções, servidos a litros de prazeres, amores, dores... de eternas amizades. Lembranças vivas para sempre.

Em uma única palavra: ETERNO.

Um comentário:

Unknown disse...

Eu espero que tenham te elegido a oradora da turma! Não canso de admirar a maneira como você escreve.

Confesso que só esperava de você pensamentos baixos, mas você escreve como gente grande! (não podia faltar algo do tipo, não estaria sendo eu mesmo... haha)

Beijo!