quinta-feira, 21 de maio de 2009

Se deve viver apesar de...

Ultimamente ando me esforçando em ser bem humorada, em causar boas impressões apesar de não fazer muita questão em alguns momentos.
Tento ser indiferente ao que me incomoda, guardo lá no fundo tudo aquilo que não quero que transpareça, não sei mais em que acreditar, todo dia eu faço -ou me contam - uma nova descoberta. No final, me faço de forte, de dona de mim. E vem um mal-estar de quem se sente vazia demais, mesmo quando está cheia de tudo. Aquela angústia de quem não se acha boa o suficiente para ler aquele livrou ou ouvir uma determinada música.
A vida anda pesada, o dia pesa e encurva o corpo e mais ainda a alma. Vai encurvando até quase tocar o chão - e no meu caso toca no chão mais rápido, talvez por causa do tamanho (ou não). Uma dor sem motivo aparente, a cabeça que voltou a latejar, talvez seja a ressaca. Bebi para afogar qualquer tipo de mágoa, agora não me lembro de quase nada. Os olhos que pesam junto. A vontade mais do que enorme de deitar (com essa chuvinha então) e ficar ali para sempre.
As coisas esperadas e boas que parecem não ter sentido de serem boas. A vontade de falar bem alto todas as verdades para muita gente. Mas que não se pode, não se deve, não é educado. E alguém mesmo se preocupa com isso?
Tanta falta de responsabilidade, maturidade, que bate de frente todos os dias, apontando o dedo na cara e gritando que sou uma merda, que sempre faço tudo errado, que não estou preparada...
A falta de ar, de falar, de andar corretamente...Um caminho escuro no 'músculo involuntário' vazio dessa vida tirana.
Mas os dias continuam passando.

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