domingo, 31 de maio de 2009

Amansando o instindo

Os meus dedos digitam, o que minha alma guarda. Não me dôo em dosagem restrita, sou o total oposto da calma.
Tudo aqui dentro esgota, as moléculas implodem. As palavras saem da boca, se salvando como podem.

Uma queda, mas doce.
Uma falta de paz, serena.
Sou muito forte, embora sensível.
Me descubro grande, apesar de um pouco mais que um metro e cinquenta - pequena, pequena, pequena...


(tentando rimar)

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Me, myself and I.

Admito, ando escrevendo coisas inúteis, ando meio redundante nos posts. O problema todo é que escrevo o que sinto e ultimamente não tenho sentido coisas tão boas assim.
A questão também é que eu sou meio rancorosa, guardo mágoas, não consigo esquecer..e às vezes nem perdoar, sou assim, guardo tudo. E vai juntando um monte de coisa ruim.
E quando eu tento tirar algo de dentro, não sai tudo porque acumulou. Quando eu vejo já estou quase me afogando em mágoas. Tento ignorar, passar a borracha, riscar, juro que muitas coisas eu tento esquecer, mas não consigo.
Aprendi tão bem a ser durona, não chorar na frente, a ficar na defensiva o tempo todo que não dá para simplesmente relaxar e ver no que vai dar. É triste ser assim e é mais triste ainda não conseguir mudar - eu já desisti de todas as táticas usadas para ser um pouquinho melhor.
Sinceramente? Não vejo mais jeito para tudo isso. Tô quase desistindo de mim.
Eu já me cansei de mim mesma e disso tudo que vem junto comigo.

domingo, 24 de maio de 2009

E ao coração que teima em bater...

Você sabe o que é que acontece? Nós nunca estamos satisfeitos com o atual.
Queremos fazer 18 quando chegamos aos 14, chegando aos 18 queremos ser mais velhos ainda, experientes, confiantes, estabilizados. E quando estamos velhos, nos atormentamos com a idade passada, não aproveitada.
Achamos que o outro é mais feliz do que a gente, que os problemas do outro são mais fáceis e sempre queremos viver uma vida que não é a nossa. Mesmo que não ocorra nada de errado, mesmo que não tenhamos problemas de verdade, achamos sempre que o que nos foi escolhido não é tão bom assim.
Sempre achamos que a nossa fatia de torta não é grande ou gostosa o suficiente, achamos também que a mãe do amigo é sempre mais legal.
Reclamamos demais, nos acomodamos com a vida de merda em que vivemos e não fazemos nada para mudar, deixamos pra lá (mesmo já sabendo como vai ser o final). E mesmo tendo consciência disso tudo escrito, as coisas sempre continuam iguais.

*Eu não gosto muito de sentir indeferença das coisas. Mas sinceramente, dessa vez não estou me importando tanto. Na verdade essa falta de interesse está me 'protegendo' de possíveis mágoas. Eu preciso urgentemente parar de me envolver com gente confusa - que me confunde e ainda mais me entristece.
E o pior, é que isso vale para mais de uma pessoa (quando vou aprender, meudeus?).


P.S: Eu sou muito idiota

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Se deve viver apesar de...

Ultimamente ando me esforçando em ser bem humorada, em causar boas impressões apesar de não fazer muita questão em alguns momentos.
Tento ser indiferente ao que me incomoda, guardo lá no fundo tudo aquilo que não quero que transpareça, não sei mais em que acreditar, todo dia eu faço -ou me contam - uma nova descoberta. No final, me faço de forte, de dona de mim. E vem um mal-estar de quem se sente vazia demais, mesmo quando está cheia de tudo. Aquela angústia de quem não se acha boa o suficiente para ler aquele livrou ou ouvir uma determinada música.
A vida anda pesada, o dia pesa e encurva o corpo e mais ainda a alma. Vai encurvando até quase tocar o chão - e no meu caso toca no chão mais rápido, talvez por causa do tamanho (ou não). Uma dor sem motivo aparente, a cabeça que voltou a latejar, talvez seja a ressaca. Bebi para afogar qualquer tipo de mágoa, agora não me lembro de quase nada. Os olhos que pesam junto. A vontade mais do que enorme de deitar (com essa chuvinha então) e ficar ali para sempre.
As coisas esperadas e boas que parecem não ter sentido de serem boas. A vontade de falar bem alto todas as verdades para muita gente. Mas que não se pode, não se deve, não é educado. E alguém mesmo se preocupa com isso?
Tanta falta de responsabilidade, maturidade, que bate de frente todos os dias, apontando o dedo na cara e gritando que sou uma merda, que sempre faço tudo errado, que não estou preparada...
A falta de ar, de falar, de andar corretamente...Um caminho escuro no 'músculo involuntário' vazio dessa vida tirana.
Mas os dias continuam passando.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Sou um o quê? Um quase tudo.

Sincera
Gosto de falar claramente o que sinto (ainda mais depois de algumas cervejas ou príncipes malucos). Me importo as vezes como vão reagir, as palavras saem muito rápidas da minha boca.
Desconfiada
Tenho um pé que não acompanha o resto do meu corpo, está sempre atrás. Levo para o mau sentido palavras ou atos inofensivos.
Dramática
O choro do meu nascimento foi diferente de todos os outros. Eu economizei o tapinha na bundinha que o médico dar e só vim parar com a saída do público presente.
Explosiva
Meus sentimentos são elementos químicos em constante reação. Nem eu consigo entender de tão difícil.
Sedenta
como se a necessidade não fosse do corpo, mas da alma.
Sentimental
há sentimentos demais aqui dentro. por isso tanto me doo.



"E se me achar esquisita, respeite também.
até eu fui obrigada a me respeitar." (Lispector)

domingo, 17 de maio de 2009

"Vai desesperar, mas respira e toma calma..."

Se encontraram depois de dias, se olharam, se tocaram, sentaram. conversaram, riram, beberam. trocaram segredos, confessaram desejos... se abraçaram e se beijaram, sentiram, se divertiram, mataram toda aquela saudade. Havia uma esperança de que os corações acelerados se transformassem em um só.

FINGIRAM S E R UM sendo DOIS, sempre. aos olhos alheios pareciam perfeitos um para o outro, agora só resta a angústia, aflição. triste de contar, terrível de SENTIR.

E quem pode entender? Talvez não era pra ser..agora é respirar fundo.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Vou te contar...

Uma força e vontade desconhecidas até então. Da boca saia palavras da alma, sem excitar ela dizia sempre tudo que pensava e muitas vezes se arrependia disso.
- Um dia será o mundo com sua impersonalidade soberba versus a minha extrema individualidade de pessoa, mas seremos um só.
A garota não imaginava o que estava por vir apenas sentia aquela sensação estranha. Estava suavemente espantada. Então isso era felicidade. De início se sentiu vazia. Depois seus olhos ficaram úmidos: Era felicidade. Ela gritava aos quatro ventos que era tudo maravilhoso, estava relaxada, mas a felicidade era tanta que ela se perguntava: Que faço da felicidade?
Que faço dessa paz estranha e aguda, que está começando a me doer como angústia, como um grande silêncio de espaços?
Ela também sentia medo, tudo começava assustar a pequena e rasgar um pouco. Tempos depois ela preferiu a mediocridade, pelo simples fato de que milhares de pessoas não tem coragem de pelo menos prolonga-se um pouco mais nessa coisa desconhecida que é sentir-se feliz e preferem a mediocridade.
Eles se despediram e agora ela percebe: Ele era o perigo e a causa desse total prazer.


Mas isso meus caros, aconteceu a 2 meses atrás.

*As partes escritas em itálico, foram tiradas do livro de Clarice Lispector.:Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres.

terça-feira, 12 de maio de 2009

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Os olhos da menina andam vermelhos, derramando motivos e lágrimas em qualquer lugar.
Há balas cravadas em toda aquela história, planos e fins de semana felizes. Desfazer, a troco de nada, as paredes de toda essa construção...
Ele, agridoce. A mistura de sorrisos e tristeza.
Agora a menina percebe os passos dele dados em falso, fingidos de experiência.(Nunca desejou tanto estar errada).
Agora carrega estilhaços no peito e que fere cada vez quando para pra pensar o que será. Não resta mais nada, além de buracos em sonhos. Planos sós, tristes - como nunca quis - saem pelo portão do prédio - onde tudo começou. É hora de seguir o caminho (assim que ela descobrir qual)

Aliás... eu sempre avisei que quanto mais cedo era melhor para o ponto final. Mas eles se esqueceram que vírgula, de sua maneira também causa separação.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

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BATE. BATe. BAte. Bate. bate.
bATE. baTE. batE.

Entre hematomas, meu coração celebra a vida.


(cadê as inspirações que estavam aqui?)